INTERTEXTO
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Bertolt Grecht
Grandes poderes trazem grandes responsabilidades”. É com
esse lema que o Homem-Aranha, um dos mais famosos heróis dos quadrinhos e dos
cinemas, continua divertindo e encantando gerações, desde sua primeira história
publicada há mais de 50 anos.
É importante ter atenção aos detalhes: o jovem Peter
Parker ganhou superpoderes após ser picado por uma aranha radioativa, mas não
foram os poderes que transformaram o jovem nerd em um super- herói, na verdade
ele poderia ter se tornado um super- vilão.
O que define o heroísmo do aracnídeo é o conselho de seu
Tio Ben, que começa esse nosso texto: grandes poderes trazem grandes
responsabilidades. O tio de Peter não sabia dos poderes de aranha, portanto,
quando dizia isso, ele se referia não a superpoderes, mas aquilo que cada um de
nós temos de melhor, aquilo que nós sabemos e podemos fazer de bem. Só quando
Peter Parker se compromete a usar aquilo que ele tem de melhor para fazer o
bem, é que ele se torna o Homem-Aranha.
Talvez isso ajude a explicar o sucesso do “cabeça de
teia”, suas histórias nos lembram que todos temos que agir com
responsabilidade.
E aí, como estamos usando aquilo que temos de melhor em
cada um de nós?